Sou Thaís Cristina Pereira, tenho 26 anos e sou tecnóloga em gestão ambiental, ou seja, gestora ambiental desde… pequena. Isso mesmo! ser um gestor, um ambientalista é também nascer com um dom, como o de cantar, é ter uma aptidão nata para driblar as dificuldades e conseguir administrar conflitos. Começo meu breve comentário sobre a minha atuação profissional dessa maneira por acredito que o primeiro passo para a realização pessoal em qualquer área de atuação é ter a certeza que nada será fácil, mas ser perseverante assim mesmo.Completei minha graduação no final de 2010, no curso de Tecnologia em Gestão Ambiental, com duração de 03 anos, em uma faculdade particular, pouco conhecida no mercado e recentemente reconhecida pelo Ministério da Educação, MEC.Todos esses atributos me fizeram pensar duas (dúzias) de vezes se realmente estava escolhendo o melhor caminho profissional. Comecei a pesquisar,conhecer melhor as possibilidades de atuação do gestor ambiental e cheguei a conclusão que apesar de incipiente, o campo de trabalho estava em ascensão.
Confesso que fiquei apreensiva, mas logo no primeiro período, nos primeiros contatos com as possibilidades de um gestor, eu pensei: vou encarar o desafio. E desde esse momento eu comecei a me dedicar, a participar de todos os seminários, cursos e palestras que podia e mandei o meu curriculum para vários lugares. Descobri então que portas se abrem, se você bater ou se der um empurrãozinho, caso alguém tenha deixado-a entreaberta.
E fui batendo e até mesmo forçando a minha entrada, de tanto que insisti por um estágio no Projeto Manuelzão da UFMG, reconhecido internacionalmente pela luta pela preservação de rios a partir da mobilização social, que consegui.
Fiz estágio lá por dois anos seguidos, intercalando com instituição como o Projeto Swich, Pampulha Viva, Asa Consultoria e órgãos públicos como a Prefeitura de Belo Horizonte, Superintendência de Limpeza Urbana. Passei também por empresas particulares de consultoria ambiental, além de ter participado de não me lembro quantos cursos, palestras e eventos (a maioria gratuitos).

Foi um longo período de restrição financeira, mas que foi compensado pelas conquistas, conversas e oportunidades de aprendizado que consolidaram minha carreira como gestora ambiental.
Hoje, com quase um ano de formada, faço pós graduação em Gestão de Pessoas e de Projetos pela Universidade Federal de Itajubá, Minas Gerais, gratuitamente, por bolsa do governo federal, e um dos pré-requisitos foi a avaliação do meu histórico escolar e da minha formação acadêmica e seus aprofundamentos.
Há um mês, fui contratada pela empresa MJM Serviços Técnicos Ambientais em Belo Horizonte, que atua em várias vertentes, com projetos aplicados para grandes indústrias como Vale, Samarco e Cimentos Liz.
Sou registrada em carteira, como analista ambiental, com um salário inicial bastante significativo e atuo como educadora ambiental fixa em um programa de treinamento em meio ambiente para funcionários e também no relacionamento com a comunidade externa impactada pela fabricação de cimentos, da Empresa de Cimentos Liz.
Não faço esse relato para me enobrecer, mas para pontuar mesmo que de maneira tão singela, as glórias e mazelas da carreira de um gestor ambiental e para dizer também que elas estão apenas começando, porque a pressão social por profissionais sensíveis às causas ambientais tende a aumentar cada vez mais, e conseqüentemente, o campo de atuação e de trabalho irá se expandir e diversificar da mesma maneira.

Fica aqui o último conselho: entregue-se com paixão à nossa profissão, permita que as pessoas que estejam ao seu redor, sintam essa paixão sair dos seus poros…e o resto? Deixa acontecer naturalmente.
E vamos na luta, porque como nessa frase (não sei bem de quem): “ as pessoas são como as águas, crescem quando se encontram.” E espero que todos encontrem a foz para o sucesso pessoal e profissional…também estou nesse caminho e nos vemos em breve.
Abraços verdes!
*As informações contidas no texto são de inteira responsabilidade do autor.
Boa tarde Thaís
Linda história que realmente deve ser contada, porém fica a pergunta afinal qual o salário que vc. recebe como analista ambiental. Pergunto porque estou cursando Tec. em Gestão ambiental aqui no R.J e certamente informações por base seria de suma importância.
grato
Placido